Os caminhos para a conciliação dos dois lados passam por um maior incentivo governamental, facilitando a adaptação dos agropecuaristas à legislação vigente, sem que a mesma seja muito flexibilizada.
Medidas como financiamento a projetos de preservação do meio ambiente, incentivos para recuperação ambiental, suporte técnico e redução de impostos auxiliariam a adaptação dos agropecuaristas a atual necessidade de preservação do patrimônio natural. Outra solução seria a aplicação de mais tecnologia para aumentar a produtividade sem ocasionar expansão de áreas produtivas.
Por fim, é preciso entender que os pequenos e grandes produtores das diferentes regiões brasileiras têm demandas distintas, as quais devem ser consideradas para que se possa avançar nessa questão.
O fato é que muitos agricultores familiares não têm condições de se adequar ao código florestal vigente, o qual ainda é pouco respeitado. A legislação ambiental brasileira é uma das mais rígidas, com mecanismos que só existem Brasil, como a Reserva Legal. Segundo os agricultores e os pecuaristas, tais mecanismos impedem o aumento da produção de alimentos, o desenvolvimento econômico do país, a geração de empregos e a competição de nossos produtos no mercado externo.
No entanto, as mudanças do novo código podem colocar em risco o patrimônio natural do povo brasileiro e jamais pode ser considerado como um fardo. É possível que essas medidas coloquem em risco os serviços ambientais providos pela natureza, que são essenciais para garantir a qualidade de vida e a ocorrência de atividades econômicas como a agropecuária. Além disso, coloca o Brasil na contra-mão da tendência mundial, que é proteger os recursos naturais que restam.
Uma estratégia ao desenvolvimento econômico e geração de empregos é o turismo natural, já que o Brasil é possuidor de diferentes tipos de ecossistemas.
A vida, tal qual a conhecemos, depende de comportamentos conscientes que visem a preservação ambiental. Deve-se buscar um ponto de equilíbrio que permita o desenvolvimento com sustentabilidade, focando sempre na conservação ambiental. Ações governamentais sozinhas não são suficientes para preservar o meio ambiente, mas todo cidadão deve adotar práticas que garantam a sustentabilidade da Vida no planeta.
"O cidadão consciente é aquele que exercer seus direitos e também cumpre com seus deveres"
É importante a adoção de práticas simples no cotidiano como, por exemplo, destinar corretamente os resíduos domésticos, reduzir os desperdícios, estimular a reciclagem de lixo, aproveitamento dos alimentos, dentre outras. Assim, se garante a sustentabilidade da família e contribui para a conservação do meio ambiente. Somente com práticas que visem a sustentabilidade estaremos garantindo uma vida melhor para nós e para as gerações futuras.